O Recife de Armação de Pera um tesouro natural no Algarve

Com mais de 25 mil anos o recife de Armação de Pera é o maior recife natural de Portugal onde se abrigam 70% das espécies indígenas da costa algarvia com a particularidade de 45 terem sido descobertas recentemente em Portugal e 12 delas no mundo.

O recife da “Pedra do Valado” estende-se desde o farol de Alfanzina até à Marina de Albufeira ocupando uma área de 94 Km2 formando um ecossistema que tem tanto de maravilhoso como frágil pelo que temos todo o interesse em o proteger.

Cientistas ligados à universidade do Algarve e entidades oficiais estão a fazer todos os esforços para criar uma AMP (Área Marítima Protegida) com área total de 156,4 Km2 com diferentes níveis de atuação com cerca de 30% de área de acesso restrito

Sinceramente espero que oiçam a ciência e consigam chegar a consensos que permitam proteger este património com 25 mil anos para que não lhe aconteça como a pesca do atum que deu o nome a Armação de Pera e que hoje é apenas um facto histórico.

O Ecoturismo deve ser o caminho

O ecoturismo relacionado com o mar é uma forma de turismo que enfatiza a conservação do meio ambiente marinho e costeiro, além de promover a sustentabilidade e o envolvimento das comunidades locais. Ele concentra-se em proporcionar experiências turísticas que minimizem os impactos negativos no ecossistema marinho, enquanto educam os visitantes sobre a importância da conservação.

Aqui estão algumas características e práticas comuns relacionadas ao ecoturismo no contexto marinho:

  1. Conservação do ecossistema marinho: O principal objetivo do ecoturismo marinho é a preservação dos habitats marinhos, incluindo recifes de coral, estuários e áreas de reprodução de animais marinhos. Os operadores de turismo devem adotar medidas para minimizar o impacto humano, como evitar a poluição, regular o acesso de visitantes e fornecer orientações sobre como interagir de forma responsável com o ambiente.
  2. Sensibilização e educação: O ecoturismo marinho tem uma forte ênfase na educação ambiental. Os operadores turísticos geralmente oferecem informações sobre a importância dos ecossistemas marinhos, as espécies que habitam essas áreas e as ameaças que enfrentam. Eles também devem organizar palestras, atividades de campo e workshops para incentivar os visitantes a tornarem-se defensores da conservação marinha.
  3. Atividades sustentáveis: O ecoturismo marinho oferece uma variedade de atividades que permitem aos visitantes explorar e apreciar o ambiente marinho de forma responsável. Isso pode incluir mergulho e snorkeling em recifes de coral, observação de baleias e golfinhos, passeios de caiaque ou de barco para explorar áreas costeiras, trilhos ecológicos, entre outros. As atividades são projetadas para minimizar a perturbação aos animais e habitats, seguindo diretrizes e regulamentações específicas.
  4. Benefícios para as comunidades locais: O ecoturismo marinho visa envolver e beneficiar as comunidades locais. Isso pode ser alcançado por meio da contratação de guias e funcionários locais, do apoio ao comércio local e da promoção da cultura e das tradições locais. Além disso, parte da receita gerada pelo ecoturismo pode ser destinada a projetos de conservação e desenvolvimento comunitário, contribuindo para a melhoria das condições de vida das pessoas que dependem do mar.
  5. Certificações e regulamentações: Existem várias certificações e regulamentações que podem ajudar a garantir a autenticidade e a sustentabilidade do ecoturismo marinho. Por exemplo, o Global Sustainable Tourism Council (GSTC) estabeleceu critérios globais para práticas sustentáveis de turismo, incluindo aquelas relacionadas ao turismo marinho. Além disso, algumas áreas protegidas e destinos turísticos possuem regulamentos específicos para garantir a conservação do meio ambiente marinho.

É importante ressaltar que o sucesso do ecoturismo marinho depende da cooperação entre governos, comunidades locais, operadores turísticos e visitantes para garantir a proteção e preservação dos ecossistemas.

 

O ecoturismo é uma solução com forte impacto económico e uma inestimável educação ambiental, a pesca feita na escala dos milhares de toneladas é a opção que nos trouxe até aqui pelo que não me parece ser muito inteligente continuar a apostar nela.

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