A história de Tavira remonta a tempos antigos, tendo sido habitada desde o período pré-histórico conforme comprovam diversos vestígios encontrados no entanto, a sua importância começa a ser visível no tempo dos Fenícios um povo que desenvolveu uma atividade comercial importante no mediterrâneo deixando na cidade uma muralha como principal vestígio da sua presença.

Todos nós utilizamos diariamente uma importantíssima ferramenta que nos deixaram os Fenícios, o alfabeto que estou a utilizar para escrever esta crónica.

Durante a ocupação romana, Tavira foi uma importante cidade portuária e comercial, conhecida pelo seu sal e pela pesca de atum. A cidade foi posteriormente ocupada pelos mouros no século VIII, tornando-se num importante centro de comércio e cultura durante a sua ocupação.

Em 1242 Tavira foi conquistada com grande violência pelos Cavaleiros de S. Tiago comandados por Paio Peres Correia, sendo posteriormente reconstruída e fortificada.

A decisão e a violência da conquista de Tavira têm a ver com a história dos sete cavaleiros que segundo reza a história, sete Cavaleiros  cristãos e vieram fazer uma caçada nos campos que pertenciam à cidade e foram mortos pelos mouros o que fez despoletar a fúria dos Cavaleiros de S. Tiago.

 Durante os séculos XV e XVI, a cidade teve um papel importante no comércio marítimo com o Norte de África e com as colónias portuguesas, especialmente o Brasil.

Durante o século XVIII, Tavira teve um período de prosperidade económica e cultural, com a construção de vários edifícios públicos e privados de estilo rococó e neoclássico.

A prosperidade acabou em 1755 quando um terrível terramoto arrasou a cidade iniciando um período muito difícil para a cidade que testemunhou ainda eventos como as invasões francesas que a ocuparam e a guerra civil provocada pelas lutas liberais.

Em consequência destes eventos o século XIX foi de declínio económico agravada pela crise da indústria do sal e da pesca de atum situação que só seria revertida a partir dos anos sessenta do século XX com o surgimento do turismo em grande escala.

Ao longo dos séculos, Tavira passou por várias transformações arquitetónicas e urbanísticas, e hoje apresenta um rico patrimônio histórico e cultural, que inclui ruínas romanas, igrejas barrocas, palácios renascentistas e uma ponte romana de sete arcos que atravessa o Rio Gilão.

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